JOSÉ JOAQUIM GEMINIANO DE MORAIS NAVARRO, PRIMEIRO BACHAREL POTIGUAR

domingo, 13 de março de 2022

JOSÉ JOAQUIM GEMINIANO DE MORAIS NAVARRO

 


 


JOSÉ JOAQUIM GEMINIANO DE MORAIS NAVARRO, PRIMEIRO BACHAREL POTIGUAR, PRESIDENTE DAS PROVÍNCIAS DA POARAÍBA E SERGIPE

NAVARRO, José Joaquim Geminiano de Morais - Nasceu em Natal, a 19 de dezembro de 1799, filho de Antônio Caetano do Rego Barros (este, irmão do Coronel Joaquim José do Rego Barros). Bacharel em Direito, foi o primeiro norte-rio-grandense formado pela Faculdade de Direito de Olinda, inclusive integrando a primeira turma daquela universidade (1827-1832). Notabilizou-se como político, ainda jovem envolvendo-se em acontecimentos vinculados à causa da independência e à Confederação do Equador. Chegou a assumir o cargo de Presidente da Província da Paraíba (1833) e Sergipe (1833-1835). Assumiu funções na magistratura, pontificando como hábil Juiz de Direito em Recife.

 Faleceu no dia 24 de agosto de 1858

FONTE – FUNDAÇÃO JOSÉ AUGUSTO

JOSÉ JOAQUIM GERMINIANO DE MORAIS NAVARRO

 

O PRIMEIRO NORTE-RIO-GRANDENSE BACHAREL EM OLINDA

Chamava-se José Joaquim Geminiano de Morais Navarro. O Curso Jurídico de Olinda instalou-se a 15 de maio de 1828, no mosteiro de São Bento. As aulas abriram-se a 2 de junho. Estavam matriculados quarenta e um estudantes. Em setembro de1832, prestavam os derradeiros exames. O Curso Jurídico de São Paulo, criado na mesma lei de 11 de agosto de 1827, instalara-se a 1o. de março de 1828, no convento de São Francisco e bacharelara a sua primeira turma de seis bacharéis, um ano antes, em novembro de 1831. Entre os quarenta e um diplomados de Olinda tínhamos um único conterrâneo, o Dr. José Joaquim Geminiano de Morais Navarro, já sem o Geminiano na lista de formatura

Não deixou maiores rastos na terra natal, esse nosso distante iniciador da série patrícia dos advogados. Sabemos muito pouco de sua história. Fiz uma pesquisa longa para apurar-lhe as andanças anteriores e posteriores ao curso olindense.

José Joaquim Geminiano nasceu em Natal a 19 de dezembro de 1799. O pai, Padre Antônio Caetano do Rego Barros, era da primeira nobreza local, proprietário, irmão do coronel José Joaquim do Rego Barros, membro do governo republicano de 1817, homem rico prestigioso, tendo sido o presidente da Junta Constitucional Provisória, que administrou o Rio Grande do Norte de 3 de dezembro de 1821 a 7 de fevereiro de 1822. O nome do “sobrinho” deve ter sido homenagem ao tio ilustre. Depressa o rapaz aparece nos acontecimentos da época. Devia ser inteligente, vivaz e ousado. No juramento da Constituição que as Cortes estavam fazendo em Lisboa, vereação solene em Natal, a 24 de maio de 1821, José Joaquim Geminiano assinou, já importante. Na misteriosa concordata que os representantes do Rio Grande do Norte e de Pernambuco assinam em Recife, de auxílio mútuo, a 3 de agosto de 1824, José Joaquim Geminiano é um dos três delegados oficiais por sua Província. Os outros dois foram, o Padre Francisco da Cesta Seixas e José Joaquim Fernandes Barros. O “embaixador” tinha vinte e cinco anos. Precocidade diplomática...

Bacharel em 1832, logo a 15 de julho de 1833 é nomeado pela Regência em nome de Sua Majestade o Imperador, Presidente da Província de Sergipe. Toma posse a 29 de setembro do mesmo ano.

Não sei como se houve em seu governo. A 13 de fevereiro de 1835 passou a administração sergipana ao Dr. Manuel Ribeiro da Silva Lisbôa, o nosso Presidente Parrudo, que seria Presidente do Rio Grande do Norte e assassinado em Natal, com morte bárbara e tradição suja, no tocante à moralidade dos costumes.

Quase teria sido a carreira de José Joaquim Geminiano (na Carta Imperial está o Geminiano) depois de fevereiro de 1835? Ignoro. Encontro filhos seus terminando estudos jurídicos em Recife e nascidos na capital pernambucana. Aí deve ter residido e, até prova em contrário, viajado para o outro-mundo. São estas as polegadas que adiantei na história de José Joaquim Geminiano de Morais Navarro, o primeiro norte-rio-grandense que se bacharelou em Direito na amada terra do Brasil. Luís da Câmara Cascudo - A República, 21 de dezembro de 1939

Os seus patrícios quase o esquecem. Apenas revejo seu nome comprido na lista dos votados, a 10 de novembro de 1834, para deputados à primeira Assembléia Legislativa Provincial. E assim mesmo obteve... um voto

FONTE – FUNDAÇÃO JOSÉ AUGUSTO

JOSÉ JOAQUIM GEMINIANO DE MORAIS NAVARRO

    JOSÉ JOAQUIM GEMINIANO DE MORAIS NAVARRO, PRIMEIRO BACHAREL POTIGUAR, PRESIDENTE DAS PROVÍNCIAS DA POARAÍBA E SERGIPE NAVARRO, Jos...